Depois de muitos anos como ignorante e preconceituoso descrente da Astrologia, passei a estudante sério e fui virando astrólogo, fazendo e lendo mapas natais com o mesmo encantamento com que via as imagens se formarem no papel fotográfico, no processo de revelação dentro da sala escura, nos meus tempos iniciais de fotógrafo.
Uma das primeiras coisas que meu professor de astrologia ensinou é que "astrólogo não é adivinho", porque nós, leitores e interpretadores daquelas "luzinhas" que caminham pelo céu, trabalhamos sobre o conhecimento legado por séculos e séculos (milênios, na verdade) de
estudos, observações e análises.
Assim, Astrologia é ciência, e não oráculo (adivinhação).
Mas, na minha condição de Bruxo Junior - ou Astrólogo Iniciante - foram várias as vezes em que falei coisas a meus clientes, que extrapolavam a mera configuração do céu natal, ou onde os planetas estavam estacionados.
E imediatamente eu suava frio, pensava "Ih! Falei bobagem!", e me preparava para a contestação do cliente... e era surpreendido pela confirmação do que a princípio achei que fora um disparate impensado da minha parte.
Intuição, percepção extra-sensorial (ainda se usa esse termo?), sei lá qual é o nome correto a aplicar; o fato é que o astrólogo é, sim, também um adivinho, no sentido que, sobre o conhecimento técnico e correto que adquire com estudo sério, ele pode - e deve - enriquecer a leitura do mapa do cliente com seus insights. Caso contrário, seria suficiente fazer um programa de computador bom em fazer a interpretação e previsão apenas com os dados técnicos do mapa.
Assim, como em qualquer profissão, o bom astrólogo faz a diferença quando, sobre a excelência técnica da sua profissão, mantém a ética e acrescenta seu quinhão de humanidade (sensibilidade, percepção, empatia, etc) e assim cumpre sua função (missão?) de auxiliar outro ser humano a se enxergar melhor e começar a se compreender melhor.
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