Nessas passagens de um ambiente para outro modificamos o ambiente e por ele somos modificados.
Pó de estrelas, matéria-prima de anjos, componentes divinos: somos a vida, que sempre se transforma e é a única constante num universo de impermanências.
Quando vislumbramos isso fica mais fácil descartar o orgulho infantil, como quem deixa uma roupa rota e sem mais utilidade, e aceitar o manto luminoso e libertador da humildade.
E com esta, os próximos quesitos da escalada evolucionária ficam mais acessíveis: compreensão, abnegação, dedicação, confiança. O que antes parecia ser um fardo, vira incentivo: um evento a mais a ser apreciado pelo bem particular e para o bem comum.
Um fóton é emitido por uma estrela, viaja pelo espaço, é absorvido por uma planta, que realiza fotossíntese e que gera frutos, que alimentam animais, que alimentam outros animais... num ciclo de bilhões de anos essa energia continua a circular nesse mundo, até que esse mundo é transformado pela força titânica de seu sol que tornou-se uma supernova e assim emite energia que chega, como radiação e fótons, a novos lugares na galáxia, e continua a promover o processo de transformação da vida.
O próprio universo está vivo.
Qual é o tamanho e a importância de nossos problemas, posses, desafetos e mesquinharias, diante de tamanha grandiosidade, da qual fazemos parte?
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