Naturalmente, eu não queria voltar à rotina na segunda-feira; queria prolongar - eternizar, quem sabe - a situação boa, e jamais voltar para a situação mais desagradável.
Foi aí que o monte de coisas que tenho lido, estudado, pensado e tentado praticar sobre espiritualidade, finalmente fez brilhar uma luzinha na minha cabeça, e me levou a entender que ambos os extremos são ruins, tanto pelo excesso quanto pela ausência - sim, até mesmo coisa muito boa, em demasia, faz mal.
Explico: as coisas boas, sempre propiciadas por alguém ao nosso redor, são ótimas para massagear nosso ego, nos dar o alívio e a satisfação que precisamos, nos ajudar a nos recuperar das refregas diárias da vida, mas... se só tivermos coisas boas, ficamos mal-acostumados, indolentes, preguiçosos, folgados, molengas, auto-indulgentes, e por aí vai.
Por outro lado, as dificuldades, sempre causadas por alguém no trabalho, na família, na rua, no trânsito, na comunidade a que pertencemos - desde o bairro até o país todo - nos obrigam a lutar, a crescer, a aprender, a nos depurar, a nos fortalecer, mas... se só tivermos dissabores, ficaremos frustrados, revoltados, vingativos, etc.
Ou seja, no momento cósmico em que eu estou - e acho que a maioria do planeta, também - preciso das duas coisas. O Yin e o Yang nunca foram tão atuais.
Assim, preciso de todos vocês: meus amigos queridos, minhas pessoas amadas, meus desafetos, os desconhecidos por mim ou de mim, os indiferentes a mim.
Por isso, conte comigo; vai ter momentos em que serei legal, em outros serei um chato, posso ser insuportável, mas também surpreendentemente útil e agradável.
E posso contar com você, também?
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