Au!
Nesse primeiro dia do novo ano, em meu passeio matinal as ruas estavam desertas. Só um ou outro humano surgia, de vez em quando, para provar que a cidade não fora evacuada durante a noite, após aquela barulheira infernal dos fogos.
Fogos, bah! Se esses humanos tivessem metade da capacidade auditiva que os cães têm, não estourariam essas coisas, nem ficariam festejando com o som tão alto que parece que não é o ano que está acabando, é o mundo!
Meus irmãos caninos ficam tão assustados, que o trauma é inevitável. Seus humanos, que realmente se importam com eles, ainda não conseguiram convencer os outros humanos sobre a necessidade da moderação.
Aliás, pelas discussões que dava para ouvir entre os alcoolizados ou os que queriam continuar a festança barulhenta madrugada a dentro, e os que pedem o respeito às leis e ao bom senso para poderem descansar, fico me perguntando como esses bípedes pelados querem que o Ano Novo seja realmente de paz, amor e coisas boas, se logo no primeiro instante já estão fora de si, querendo apenas o que julgam ser seus "direitos" e sem respeitar os dos outros humanos, que dizer então dos direitos dos animais?
E depois o irracional sou eu...
Au!
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