Há momentos em que me sinto tão abrangente quanto uma onda de probabilidades quãnticas esperando a atenção de um observador para colapsar e se materializar.
(Isto é um ótimo jeito de dizer que estou tão perdido quanto o mítico cachorro que caiu do caminhão em dia de mudança, que Alá o proteja).
Confuso, difuso, não-presente, por causa de reflexos da interferência de alguma outra realidade que não é esta aqui.
Um instante de dessintonia com o pulsar do universo.
Um dia daqueles que só deveriam existir em livros (ou blogs, para ser mais atual), para as pessoas saberem o que não fazer ou que não deveriam estar ali.
Mas, como Alice seguindo o tal coelho branco, caio no buraco do improvável, sonho acordado - ou alucino dormindo - e o mundo fica mais estranho do que já é naturalmente.
Ou, pior ainda, fica muito mais sem-graça, justamente porque ficou banal.
Vou vagando como o perdido elétron que saiu da camada mais externa de um átomo.
Enquanto outro átomo não me puxa para sua esfera de influência, vou aproveitando a viagem :-))
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