terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Coisas difíceis de entender (I): Futebol bestificante

Anteontem meu time - Santos - decidiu o Mundial Interclubes de Futebol (ou algo assim) contra o Barcelona, no Japão, logo pela manhã.

Passei o dia em aula e só fui saber o resultado à noite: 4 a 0 para o Barcelona. E me perguntei: em que a derrota do Santos, na final desse mundial de 2011, altera a minha vida?

Em nada.

E se tivesse ganhado - Santos, campeão mundial interclubes de futebol de 2011 - em que isso alteraria a minha vida?

Pagaria minhas contas, me deixaria mais bonito, me faria uma pessoa melhor?

Também não.

Então fica difícil entender a quantidade enorme de provocações de torcedores de outros times - que extrapolam muito a saudável gozação e caem na agressão - ou as críticas dos (antes do jogo) simpatizantes.

Da mesma forma, fica difícil eu entender por que tanta gente muda de religião - algo que deveria ser importante, por tratar literalmente de vida e morte -, mas não troca o time de futebol por nada neste mundo.

Pior ainda: briga, xinga, discute, bate e até mata em nome dessa "paixão" (com "p" tão minúsculo que não deveria nem dar para enxergar).

O futebol, pela dificuldade de se jogar - o sujeito não apenas tem de correr conduzindo a bola, mas para manter seu controle e criar as jogadas que atinjam o objetivo ("Goooooooolll!") deve fazer isso com os pés - e por ser um dos raros esportes onde a excelência técnica e domínio dos fundamentos não garante que o melhor time seja o vencedor, tem uma certa magia pela beleza que às vezes apresenta nas jogadas e pela imprevisibilidade.

Mas ainda é muito pouco para justificar tanto destranbelhamento que acomente as pessoas, sejam torcedores, jogadores de fim de semana, jornalistas, comentaristas, ou simplesmente pessoas como você ou eu.

Um comentário:

Ilkinha disse...

Concordo em gênero e número!