quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

The Right To Arm Bears

Começo aqui a análise/comentário/resumo dos livros lidos em 2013. Chamar de resenha literária é muito chique; pitacos de leitura, é estranho. Fica sem nome, mesmo, mas - assim espero! - com bom conteúdo :-)

The Right To Arm Bears (algo como "O Direito de Armar Ursos", referindo-se a levar ferramentas, utensílios e conhecimento aos alienígenas semelhantes a ursos), ficção científica em pocket book escrita por Gordon R. Dickson, foi impressa em 2000 e contém três estórias - de 1961, 1969 e 1971 - que se passam no planeta Dilbia, semelhante à Terra, mas cujos nativos parecem ursos bípedes de 2,70 m de altura e quase meia tonelada de peso, inteligentes, com um nível tecnológico equivalente ao da Idade Média da Terra, e que dão muito valor às proezas físicas e desprezam as máquinas, ferramentas e geringonças dos Shorties ("baixinhos"), como chamam os terrestres.

Dilbia está numa posição estratégica para os terrestres e para seus adversários, os Hemnoids - alienígenas que parecem grandes (2,40 m de altura) Budas gordos e bonachões, mas que, por constituição genética, são incapazes de sentir empatia ou compaixão e assim a crueldade é parte de sua cultura e modo de ser. Apesar dos tratados de não-agressão e não-interferência entre terrestres e Hemnoids, as armadilhas se sucedem e o personagem principal terrestre de cada uma das estórias se vê envolvido numa situação em que terá de enfrentar um Dilbian, sem ferramentas nem qualquer recurso tecnológico - ou seja, enfrentar 2,70 m e 1/2 tonelada de fúria peluda, inteligente e cheia de dentes e garras...

Apesar de seu desprezo pela tecnologia e ferramentas, os Dilbians apreciam o pensamento rápido e inteligente, que é a única esperança dos Shorties de ganhar seu respeito, conseguir a preferência deles em relação aos Hemnoids e, o mais importante, manterem-se vivos...

Com reviravoltas inesperadas e humor - o ambiente alienígena permite cutucões psicológicos que seriam politicamente incorretos se todos os personagens fossem humanos - esse livro distrai e diverte, de forma gostosa, despretenciosa, mas nem por isso superficial.

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